A casa dos avós
Escrito em 12/6/2020 O portão branco que abria quando colocávamos a mão por dentro para abrir o trinco. Seguiam-se dois degraus (se a memória não me trai), e em seguida os degraus que nos fariam chegar à porta da casa. O corrimão de madeira preta já com algumas farpas. As rosas que se entrelaçavam com as vinhas que por ali trepavam as grades. A porta da casa castanha, com uma grade dourada, que permitia abrir a janela da mesma porta (e onde o padeiro deixava o saco do pão pendurado). Éramos recebidos pela avó, com o seu largo sorriso, cabelo pintado, por vezes o avental posto e com um beijinho demorado na bochecha. O avô também aparecia todo gabarolas, sempre com o beijo mais repenicado do mundo (até entupia o ouvido). A viagem começava na entrada,do lado esquerdo, com o bengaleiro por trás da porta (sempre cheio de coisas), à direita tínhamos a cozinha. Não era muito grande mas cabiam coisas até mais não. A mesa com o café de cevada pronto, o frigorífico com a embalagem d...